Os Benefícios de Adotar uma Dieta Plant Based ou Vegana

As informações contidas neste site são apenas para fins informativos e educacionais. Não se destina a substituir a avaliação e tratamento de profissionais médicos.

Neste artigo, exploramos as razões mais comuns pelas quais as pessoas optam por uma dieta à base de plantas, vegana ou vegetariana. A maioria das pessoas que adotam uma dieta plant based, vegana ou vegetariana, faz por uma ou mais das seguintes três razões fundamentais.

Dentro destas três categorias fundamentais, a maioria das pessoas tem uma razão mais específica e pessoal que motivou sua mudança para uma dieta a base de plantas. Incluímos algumas das razões mais comuns abaixo. Também é interessante mencionar que, uma vez que a pessoa abraça um estilo de vida vegano ou plant based, ela se torna mais sensível às outras razões quando começa sentir o impacto positivo sobre sua própria saúde, sobre outros seres vivos, e sobre o meio ambiente.

 

Plant Based ou Vegano é bom para Saúde

“Nossas dietas, muito mais do que nossos genes, ditarão não apenas quanto tempo vivemos, mas também a qualidade de nossas vidas”.
– Dr. Michael Greger

Dieta plant based pode reduzir o risco e melhorar doenças cardiovasculares

Doenças cardíacas são a principal causa de morte no Brasil, nos Estados Unidos, e outros países que consomem uma (chamado Standard Western Diet em inglês). Vários estudos mostram que uma dieta baseada em plantas pode prevenir, e até mesmo reverter doenças cardíacas.

Ao diminuir o consumo de alimentos de origem animal, e aumentando a quantidade de alimentos integrais, a base de plantas, você pode minimizar (e possivelmente reverter) a  acumulação de placa nas artérias (aterosclerose) , reduzir seus níveis de colesterol LDL e Total, reduzir a pressão sanguínea, e diminuir o risco de eventos cardíacos.

 

Uma dieta baseada em plantas pode baixar sua pressão arterial

A pressão arterial alta pode aumentar as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrame e diabetes tipo 2. Muitos estudos concluíram que as pessoas que seguiam uma dieta vegana ou vegetariana tinham uma pressão arterial mais baixa, em média, do que aquelas que seguiam dietas onívoras.

 

Dieta plant based ou vegana pode diminuir o risco e melhorar Diabetes Tipo 2

Dietas a base vegetal estão associadas a taxas significativamente menores de diabetes tipo 2, e pode melhorar os resultados naqueles que já têm essa condição crônica. As dietas plant based são baixas em gorduras saturadas, que é um grande fator por trás da resistência à insulina. Importante também é a alta teor de fibra dietética, o que ajuda o corpo a regular o açúcar no sangue e adequadamente absorver os nutrientes. As dietas à base de plantas também controlem o excesso de peso e obesidade, um grande fator de risco para o diabetes tipo 2.

 

Dieta plant based ou vegana pode diminuir o risco de câncer

Alimentos integrais a plant based (frutas, verduras, legumes, nozes e grãos inteiros), são naturalmente repletos com nutrientes saudáveis. As pesquisas mostram que comer uma variedade desses nutrientes está ligado a taxas mais baixas de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, câncer de próstata e câncer colorretal.

Por outro lado, um estudo recente mostra que pessoas que comem carne regularmente correm um risco maior de algumas formas de cânceres em comparação com aqueles que comem pouca carne, pescatarianos ou vegetarianos. A Organização Mundial de Saúde, por exemplo, classificou a carne processada como um carcinógeno do grupo 1.

Laticínios também foram associados a um risco maior de certos tipos de câncer.

Uma dieta plant based pode diminuir o risco de câncer por que:

  • As plantas produzem muitos fitoquímicos (produtos químicos vegetais) e outros antioxidantes, que podem proteger as células de danos e inibir o crescimento de certas células cancerígenas.
  • Uma dieta de alimentos integrais, a base de plantas, possui um alto teor de fibras dietéticas. Mulheres jovens que comeram dietas mais ricas em fibras tinham 25% menos probabilidade de contrair câncer de mama mais tarde na vida, um estudo descobriu. Outras pesquisas descobriram que cada 10 gramas de fibra diária podem diminuir o risco de câncer colorretal em 10%.
  • Quem come dieta plant based geralmente tem um índice de massa corporal (BMI) mais baixo, que é um fator de alto risco para certos tipos de câncer.

 

Dieta vegana ou plant based pode promover peso saudável

Se você estiver acima do peso ou obeso, seu risco é maior para desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, 12 tipos diferentes de câncer, e várias outras doenças. Dietas à base de plantas levam naturalmente à perda de peso, mesmo sem exercício ou contagem de calorias. Vegetais, frutas, grãos integrais e legumes são densos em nutrientes, deixando você mais satisfeito com menos calorias, sem a necessidade de controlar as porções.

Uma razão para sua eficácia no controle de peso é o conceito de densidade dos nutrientes. Como exemplo, produtos lácteos e alimentos altamente processados possuem um alto teor calórico, no entanto, baixos em fibras dietéticas, o que nos ajudam sentir satisfeitos. Em contraste, os alimentos base de plantas são baixos em calorias e altas em densidade nutricional, o que significa que você pode comer um alto volume de alimentos sem exceder suas necessidades calóricas.

 

Dieta plant based pode diminuir os riscos de Alzheimer e demência

Novas pesquisas mostram uma correlação direta entre dieta vegana (plant based) e um risco reduzido de doenças cognitivas e demência. Os nutrientes abundantes nas dietas plant based, incluindo antioxidantes, vitaminas e folato, têm demonstrado ter benefícios cognitivos significativos.

Por outro lado, as gorduras saturadas e trans – encontrada em produtos lácteos, carne e alimentos fritos – podem aumentar o risco de doença de Alzheimer e outras condições cognitivas. De fato, a aterosclerose, o acúmulo de placa que causa a doença arterial coronária, também é encontrado no cérebro daqueles que sofrem de Alzheimer e demência.

 

Dieta a base de plantas reduze inflamação

Os nutrientes essenciais, antioxidantes e fitoquímicas em plantas tem o papel de diminuir inflamação no seu corpo. Inflamação prolongada pode danificar as células e os tecidos de seu corpo, e está ligado ao câncer e a outras doenças inflamatórias como a artrite.

 

Hormônios e Antibióticos na Carne e Laticínios

  • Algumas pessoas, como os budistas, acreditam que se um animal sofre, esse sofrimento é transmitido aos seres humanos através de sua carne, ovos ou leite. Este conceito não é tão absurdo, já que os animais liberam o hormônio cortisol quando estão sob estresse (durante o abate). Este cortisol é passado para os seres humanos quando comem a carne.
  • O uso de antibióticos em animais pode aumentar o risco de transmissão de bactérias resistentes a drogas para humanos, seja por infecção direta ou indireta.
  • Os antibióticos são às vezes usados para maximizar o crescimento dos animais e podem causar ganho de peso e um aumento do risco de obesidade em humanos.
  • Os hormônios de crescimento utilizados nos animais têm um efeito adverso sobre nossa saúde, especialmente nas crianças pré-pubescentes.

As pessoas que mudam para uma dieta vegana frequentemente relatam sentir-se mais calmas e menos estressadas, e estatisticamente os veganos sofrem menos com a depressão que os omnívoros.

 

Dieta plant based pode aumentar a longevidade, com melhor mobilidade

Estatisticamente, veganos e vegetarianos vivem mais anos que os omnívoros, e desfrutam de uma vida mais ativa em seus anos avançados. As dietas plant based são mais ricas em fibra dietética, fitonutrientes, antioxidantes, vitaminas e minerais, o que fortalece o sistema imunológico, retarda o processo de envelhecimento, e reduz o risco de doenças paralisantes, como derrame cerebral e Alzheimer.

Para mais detalhes, veja nossa página completa sobre os Benefícios à Saúde de uma Dieta Plant Based.

 

 

Dieta Plant Based para o Meio Ambiente

 

“A diminuição da agricultura animal representa nossa melhor e mais imediata chance de reverter a trajetória da mudança climática”

Aquecimento Global

Enquanto a maior parte do mundo está focada em diminuir a dependência de combustíveis fósseis como forma de combater a mudança climática, há outro culpado, muitas vezes ignorado, pelas mudanças climáticas: a agropecuária e seu impacto ambiental. “A diminuição da agropecuária baseada em animais representa nossa melhor e mais imediata chance de reverter a trajetória da mudança climática”, de acordo com um novo modelo desenvolvido por cientistas de Stanford e da Universidade da Califórnia, Berkeley.

De acordo com um relatório das Nações Unidas de 2022, Climate Change 2022, mostra que a produção industrializada de carne e os produtos lácteos estão agravando a crise climática, enquanto as dietas plant based e vegana – centradas em frutas, vegetais, grãos e feijões – diminuem nosso impacto negativo ao meio ambiente. Uma mudança de consumação de proteína animal (e outros produtos de origem animal), para dietas a base vegetal, teria um alto potencial para reduzir as emissões de carbono e mitigar a mudança climática. O estudo constatou que 57% das emissões globais de gases de efeito estufa da produção industrializada de alimentos vêm da carne e produtos lácteos, enquanto projeções para o futuro mostram que “dietas veganas e vegetarianas foram associadas às maiores reduções nas emissões de gases de efeito estufa”.

A redução dos rebanhos de gado também reduziria as emissões de metano, que é o segundo maior contribuinte para o aquecimento global após o dióxido de carbono, de acordo com a recente avaliação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

 

Desmatamento

A produção de carne está diretamente, e indiretamente, relacionada à perda de florestas na América do Sul. De acordo com a WWF, a produção de carne bovina e de soja (principalmente utilizada para consumo animal) é responsável pelo desmatamento a uma taxa crescente e insustentável.

 

Sustentabilidade

A indústria da carne tem grandes problemas de sustentabilidade. Um relatório de 2020 da IDTechEx constatou que a indústria da carne é insustentável, uma vez que o gado animal utiliza uma quantidade desproporcionalmente grande de terra. Dos 51 milhões de km2 de terras agrícolas, 77% são utilizados para a pecuária e alimentação do gado. Apesar disso, globalmente apenas 17% do consumo calórico para seres humanos vem de animais.

A criação seletiva levou os animais aos seus limites biológicos.  As galinhas hoje em dia têm peitos tão grandes que é difícil ficar de pé. Aumentos significativos na eficiência agrícola são improváveis, e o aumento da produção de carne só seria possível com mais desmatamento, agravando nossos problemas climáticos.

 

Uso excessivo das reservas de água doce

Em geral, é necessária mais água para produzir carne do que alimentos de origem vegetal como grãos ou feijões. A quantidade média de água por caloria para carne é 20 vezes maior do que alimentos de origem vegetal. A produção de um kg de carne bovina consome em média 15 mil litros de água; um kg de carne ovina – quase 9.000 litros; um kg de carne suína – quase 9.000 litros; um kg de frango –4.300 litros. No total, 92% da consumação de água doce global vai para a agricultura, 29% da qual é utilizada na produção animal. Este uso excessivo de nossas reservas de água doce está levando a consequências devastadoras, e irá piorar com uma demanda crescente de carne e produtos animais.

 

Poluição dos rios e oceanos

Antibióticos, fertilizantes e pesticidas correm para os rios e oceanos, causando eutrofização, (zonas costeiras “mortas”) e degradação dos recifes de coral. A poluição associada à agropecuária e à destruição do habitat pela criação de pastagens é uma grande ameaça à biodiversidade.

 

Perda de biodiversidade

Uma grande parte do planeta está sendo desmatada e redirecionada à criação de animais (e a cultivação de alimentos para esses animais) para carne, laticínios e outros subprodutos animais. Isso está impactando ou destruindo os ecossistemas e habitats de vida selvagem, e muitas espécies enfrentam a extinção ou ameaça de extinção. Estimativas sugerem que cerca da metade das terras habitáveis do planeta é utilizada para a agricultura, com cerca de 77% dessa área sendo utilizados pelos animais na produção de carne e laticínios.

 

 

Plant Based e Vegano pelo Bem-estar dos Animais

A bondade de uma nação e seu progresso moral podem ser julgados pela maneira que seus animais são tratados.
— Ghandi

Compaixão para os animais

Uma das razões mais importantes para que alguém se torne vegano é a compaixão pelos animais. Eles acreditam que os animais, como os humanos, têm certos direitos e merecem viver sua melhor vida, mesmo que estejam sendo criados para o consumo humano.

 

O sofrimento dos animais

Nos sectores de carnes e laticínios, o incentivo é constante para maximizar o lucro, que leva os criadores de animais a maximizar o espaço e reduzir os custos. As fazendas modernas geralmente mantêm vacas, bezerros, porcos e galinhas em celas pequenas e gaiolas superlotadas, onde muitas vezes não conseguem se virar ou dar nenhum passo durante toda sua vida.

Os animais sofrem, mesmo que nossa cultura omnívora nos ensine a ignorar isso. Eles não recebem cuidados veterinários, exercícios, luz solar e até mesmo a sensação de grama sob suas patas. A maioria dos animais não sobreviveria sem grandes quantidades de antibióticos, e eles recebem enormes quantidades de hormônios para estimular o crescimento e a produção de leite. Muitos desses produtos químicos acabamos ingerindo em nossa carne, leite e laticínios!

 

Exemplos de crueldade aos animais

Gaiolas em bateria – Estas gaiolas confinam as galinhas a uma gaiola não maior do que um papel de oficio, sem espaço para abrir as asas ou se virar. O chão de arame causa danos a seus pés, e a galinha é incapaz de se mover como a natureza pretendia. É enviada para o abate quando sua produção de ovos começa a diminuir.

Crueldade psicológica para vacas e bezerros – Para amamentar, uma vaca deve primeiro dar à luz um bezerro. Este bezerro é retirado dela rapidamente após o nascimento, causando trauma psicológico para a mãe e seu bezerro. A vaca é inseminada de novo quase imediatamente, e o ciclo continua até que ela não possa mais produzir leite de forma eficiente.

Caixas de gestação – Uma porca é colocada numa pequena gaiola assim que ela tem idade suficiente para ser inseminada. Nesta pequena gaiola, tudo o que ela pode fazer é deitar, ficar de pé e comer. Ela não pode andar ou mesmo se virar. Após o parto, ela será impregnada novamente, repetindo o ciclo até ser enviada para o abate quando não estiver mais apta a dar à luz – normalmente entre 1 ½ – 2 anos de idade.

Mutilação sem anestesia – Um pintinho recém-nascido, destinado à produção de ovos, normalmente tem seu bico (a parte mais sensível de seu corpo) removido sem anestesia. Suínos machos e bovinos destinados à produção de carne são castrados sem anestesia.

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